Nomeação dos Órgãos Sociais da Casa Sacerdotal da Diocese do Porto |
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Clero - Nomeações |
Ao bispo pede-se ainda que volte a sua dedicação para a Faculdade de Teologia e para as paróquias de estágio onde se percorrem as várias etapas de uma longa caminhada de formação de cada sacerdote. A solicitude pastoral do bispo pelo seu Povo e pelo seu Presbitério, em concreto, deve prolongar-se ao longo de toda a vida dos sacerdotes, através da proximidade fraterna, do acompanhamento espiritual, da vivência da comunhão presbiteral, da alegria partilhada do ministério e do mesmo encanto pela missão.
Esta solicitude pastoral e dedicação fraterna revestem-se da maior importância nas situações de doença e de avançada idade dos sacerdotes. Para cumprir esta missão da Igreja e dar resposta a este múnus concreto dos bispos, surgiram em diversas dioceses, ao longo dos séculos, instituições e estruturas que procuraram estar presentes, de forma condigna, junto de cada sacerdote nas suas situações específicas e circunstâncias próprias. Devemos estas instituições à iniciativa dos próprios sacerdotes, à colaboração dos cristãos, à generosidade das comunidades e ao zelo pastoral dos bispos. O tempo fez transformar umas e criar outras, de acordo com as intuições da Igreja e com as exigências de cada época. Temos presentemente na nossa Diocese duas associações, nascidas em épocas diferentes com este objectivo comum de serviço aos sacerdotes: a Irmandade dos Clérigos e a Fraternidade Sacerdotal. Possui a Diocese, igualmente, por decisão de um dos meus predecessores, senhor D. Armindo Lopes Coelho, uma Casa Sacerdotal, construída de raiz para acolher os sacerdotes doentes e idosos e cuidar deles e dos seus familiares ou pessoas que dedicadamente os acompanharam ao longo da vida e do ministério. A Casa Sacerdotal da Diocese do Porto, assim designada, constitui pela sua essência e missão um verdadeiro Santuário de Gratidão da Igreja do Porto ao seu Presbitério. Salvaguardando sempre o carisma e respeitando escrupulosamente o âmbito de acção de cada uma das instituições, acima referidas, pertence-me agradecer o bem que todas fazem. É meu dever, igualmente, fortalecer a dimensão diocesana e a consciência comum de que todas têm no horizonte da sua missão os mesmos destinatários: os sacerdotes do Porto e aqueles que aqui acorrem e ali se acolhem. Desde a sua inauguração, em 2005, a nossa Casa Sacerdotal já acolheu 23 sacerdotes, 3 bispos e três familiares de sacerdotes. Nos últimos anos a Casa Sacerdotal tem estado permanentemente ocupada em toda a sua capacidade de acolhimento. É, por isso, urgente aumentar a capacidade de resposta da Casa Sacerdotal para podermos atender os acrescidos pedidos que temos tido ultimamente. Vamos, de acordo com a proposta apresentada e aprovada nos vários conselhos diocesanos e instâncias de consulta e de corresponsabilidade da Diocese, iniciar, de imediato, as obras da sua ampliação e adaptação funcional. Os donativos prometidos permitem à Diocese, executar o projecto, cumprir o orçamento e fazer as obras sem encargos para a economia diocesana. Dou graças a Deus por termos encontrado na Congregação de S. José de Cluny, a necessária disponibilidade para abrir no passado mês de outubro, na Casa Sacerdotal, uma comunidade de Irmãs que constituem pela sua presença, pelo seu testemunho e pela sua colaboração uma bênção para quantos ali vivem e trabalham. A Casa Sacerdotal foi constituída, desde o seu início, como Fundação e como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). Obedece, assim, às normas, estatutos e regulamentos consignados pela lei civil e canónica em tudo quanto às Fundações e às IPSS concerne. Nesse contexto, consciente do mérito que pode ter uma colaboração articulada e convergente das várias instituições dedicadas à missão concreta de servir os sacerdotes, convidei a Irmandade dos Clérigos e a Fraternidade Sacerdotal a indicar um elemento dos respectivos Órgãos Sociais para fazer parte, como vogais, da Direcção da Casa Sacerdotal. Agradeço à Irmandade dos Clérigos e à Fraternidade Sacerdotal a resposta afirmativa que de uma e de outra, de imediato, recebi. Estão reunidas, assim, todas as condições para prosseguirmos este abençoado caminho da Igreja do Porto no sentido do bem que a todos os sacerdotes devemos. Os Seminários são casa e escola que nos ajudaram a ser os sacerdotes que agora somos e continuam hoje a preparar os sacerdotes de que a Igreja precisa. A Casa Sacerdotal será família e santuário, onde diariamente cuidaremos dos sacerdotes idosos e doentes e louvaremos a Deus pelo Presbitério desta amada Igreja do Porto, que todos queremos servir. Para o serviço da Igreja do Porto e dos seus sacerdotes, de acordo com os Estatutos da Fundação Casa Sacerdotal da Diocese do Porto, aprovados no passado dia 29 de outubro de 2015,
HEI POR BEM NOMEAR: Direcção Presidente: Pe. Joaquim Mário Areal Andrade Secretário: Pe. Nuno Augusto Vieira Antunes Tesoureiro: Pe. Fernando Manuel Ferreira da Silva Conselho Fiscal: Presidente: Cón. João da Silva Peixoto Secretário: Pe. Manuel Monteiro Mendes Vogal: Pe. Emanuel António Brandão de Sousa
Porto, 25 de março de 2017, festa da Anunciação do Senhor e aniversário da ordenação episcopal de D. Armindo Lopes Coelho.
António, Bispo do Porto |