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COMPREENDO E ACEITO

 

O bárbaro assassinato da Irmã Maria Antónia, em São João da Madeira, está a ter uma repercussão internacional fora do comum. Fundamentalmente, porque a Agência Fides, das Pontifícias Obras Missionárias, do Vaticano, deu a notícia de forma muito detalhada.

No mínimo, o martírio da «Irmã Tona» tem muito de paralelo com tantas mulheres, de todas as idades, que, na defesa da sua honra e dignidade, acabaram por pagar com a vida a resistência ao agressor depravado. Muitas foram mesmo declaradas beatas e santas. E este caso concreto obriga-nos a alguma reflexão social que sintetizo em três pontos.

Primeiro: se bem que, por natureza, todos sejamos “imagem e semelhança de Deus”, de facto, no comportamento, há verdadeiros monstros. Não sei se por culpa própria, isto é, se agem em liberdade, ou se sem responsabilidade moral, no caso das patologias mais graves. Seja como for, a sociedade tem a obrigação de os curar, se tal for possível, ou, no mínimo, de proteger os mais vulneráveis da sua ação devastadora. Neste caso concreto, não sei se se fez isso. Não sei se as prisões são centros de recuperação ou «escolas do crime requintado». Não sei.

Segundo: o sistema judiciário falhou redondamente. A dar crédito aos jornais, foi preciso duas tentativas (?) de violação, a juntar aos antecedentes criminais, para se emitir um mandado de captura do malfeitor. E a execução deste demorou tanto que, para a Irmã Antónia… já não foi a tempo. Alguém tem de ser responsabilizado por isto. Se é pouco previsível que o sistema judicial seja «chamado à pedra», pelo menos moralmente algumas pessoas hão de sentir-se culpadas pelo homicídio da religiosa.

Terceiro: com honrosa exceção da Câmara Municipal de São João da Madeira, nenhum político, nenhum (e nenhuma…) deputado desses radicais, nenhum organismo que diz defender os direitos humanos, nenhuma feminista veio condenar o ato. Nenhum e nenhuma! Porquê? Porventura porque, para elas (e para eles…) as vidas perdem valor se se tratar de pessoas afetas à Igreja. Sumamente, se defenderem a sua honra.

Critérios… Que, obviamente, não são os meus.

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