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COMPREENDO E ACEITO

Carta às famílias da Diocese do Porto
   

 

Caras Famílias da nossa Diocese do Porto,

Saúdo-vos muito afetuosamente e apresento-vos os mais calorosos cumprimentos.

Esta época que nos é dado viver, maravilhosa em muitos aspetos, duvida das grandes instituições da humanidade, incluindo a mais básica e estruturante, a família. Porém, não obstante as dificuldades e os sacrifícios típicos de toda a existência humana, a família deve ser sempre fonte de alegria: é no interior da família que sentis o amparo da outra parte, do marido ou da esposa; que viveis um amor intenso e de felicidade; que sonhais e programais; que decidis em conjunto as melhores formas de resolver as problemáticas da vida; que gerais vidas e as colocais no mundo, com um misto de espanto e de muito sonho; que vedes crescer os filhos e os inseris na sociedade e na Igreja; que os educais na escolarização e na fé; enfim, sentis-vos realmente colaboradores de Deus na obra da Criação e de fazer este mundo mais belo no amor, nas novas vidas com sentido e na abertura à esperança e ao futuro.

Reparai neste processo: uma mulher e um homem que deixam a família em que viviam, a dos pais e irmãos, e se abrigam na intimidade e serenidade de um novo lar. Lá acontecem os grandes momentos que tecem a existência: geram os filhos, criam-nos, educam-nos, dialogam à procura dos melhores caminhos a seguir, gerem os conflitos, celebram os momentos de alegria e, porventura, também abafam um ou outro soluço e limpam algumas lágrimas. Do lar nasce também uma relação de abertura ao exterior, seja na relação com as estruturas do mundo, seja na participação da vida da comunidade da fé, concretamente da Paróquia.

Por isso a Igreja pede que, na amizade e na dedicação, cada família se ligue a outras famílias para lhes levar um gesto de ânimo, uma palavra de conforto nas situações difíceis, uma ajuda quando tudo parece que falha. E também para as evangelizar. Sim, é preciso ajudá-las a abrirem-se à fé que dá sentido à vida, é preciso fazer-lhes ver que a prática religiosa liberta, é preciso fazer-lhes compreender que há valores humanos e cristãos que só se transmitem na catequese e, se os seus filhos a não frequentarem, vão menos preparados para o mundo complexo e para a vida ativa. Peço-vos, pois, que partilheis com as outras famílias os muitos dons que Deus vos concede. A começar pelo dom da fé. Dedicai-vos aos outros.

Daqui a poucos dias, vai celebrar-se, em Roma, com o Papa Francisco, o 10o Encontro Mundial das Famílias. Nós associamo-nos, aqui no Porto, com vários atos; convido-vos, em especial, para o grande encontro em Vilar no sábado 25 de junho, com o tema e mote: “O Amor na família: vocação e caminho de santidade”.

Sim, caras famílias, o amor é possível e necessário. Apresentemos ao mundo o amor como a salvação da humanidade no Deus que o Apóstolo definiu como amor: “Deus é amor” (1 Jo 4, 8). Por isso é que todos somos chamados ao amor. E porque o amor humano é participação no amor de Deus, aí é que se constrói santidade.

Caras famílias, rezo por vós. Rezai também por mim. Tenho muita admiração e confiança nas famílias crentes da nossa Diocese! Em vós! Deus vos ajude a cumprir integralmente a vossa alta e difícil missão. E que Ele vos abençoe e vos conceda muita alegria e felicidade.

+ Manuel, Bispo do Porto