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COMPREENDO E ACEITO

 

Causa da nossa alegria

Outubro é especialmente mariano: nele se celebra Nossa Senhora do Rosário, título que se estende a todo o mês. Precisamente por uma ação salvífica acontecida na história: a «defesa» da Europa perante a invasão otomana. Este mês vai passar o testemunho a novembro, marcado pelos fiéis defuntos, não obstante começar com a celebração de Todos os Santos. Há relação entre estes tempos?

A teologia judaico-cristã sempre colocou em Eva, a primeira mulher, a fonte do contágio do «vírus» do mal e da morte. Mas, logo nos relatos das origens, faz-se a previsão de uma nova Mãe que esmagará essa dor e negatividade.

De facto, não herdamos das nossas mães somente aquela carga genética negativa que se pode transformar em doenças. A psicologia hodierna garante-nos que delas também recebemos as pré-disposições para a formação do caráter: para a alegria, sensibilidade artística, altruísmo, facilidade de relacionamento, etc. Até para os valores transcendentais da religião.

Para a fé cristã, portanto, se da primeira mulher obtivemos o mal e a morte, da Mãe da humanidade, dada como tal por Jesus no Calvário, adquirimos o acolhimento, o sentido da existência, o tomar parte na alegria da ressurreição e a participação na eterna bem-aventurança do Céu onde Ela é Rainha. De facto, no seu contributo para a encarnação do Verbo de Deus, Maria é fonte, causa e origem da alegria messiânica. Por isso, ousou cantar: “A minha alma rejubila no Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador”. E nós podemos aclamá-l’A como “causa da nossa alegria”.

Eva e Maria constituem, pois, a polaridade por onde se move a nossa existência. Mas a força e o poder residem do lado da Virgem. É este o pólo vitorioso. Porque Ela está intimamente ligada pelos laços da maternidade ao único Senhor do mundo e da história, como tal declarado pelos anjos aos pastores: “Anuncio-vos uma grande alegria que o será para todo o povo: hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador”.

Portanto, “não temais”! Temos mãe! Maria, o sorriso de Deus, é a “consoladora dos aflitos”! É o resplendor da santidade, já, de algum modo, visível em todos os santos. É a porta do céu, para nós e para os nossos defuntos. É a certeza de que, n’Ela e com Ela, nos livraremos “das tristezas do tempo presente” e obteremos “as alegrias eternas”.

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