No Encontro Diocesano de Famílias, D. Manuel Linda apresentou algumas ideias sobre a vivência de um projeto de casal declarando que “o matrimónio não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida”.
Em ligação de coração com o Papa Francisco e o X Encontro Mundial das Famílias que decorreu em Roma de 22 a 26 de junho, a Casa Diocesana de Vilar foi espaço para um intenso momento de partilha, encontro e reflexão que juntou mais de uma centena de pessoas no sábado 25 de junho.
O Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar (SDPF) organizou um Encontro Diocesano de Famílias em colaboração com os Secretariados da Pastoral da Saúde e das Migrações. De destacar que este evento contou com a presença de uma delegação do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar de S. Tomé e Príncipe.
Esta iniciativa teve a apresentação de temas como o mundo digital e o ambiente familiar, o acompanhamento da paternidade e da maternidade, a família e a sinodalidade e, em particular, a vocação e a missão nas periferias existenciais – como referiu à VP o diretor do SDPF. Ângelo Soares sublinhou a sua satisfação pelo valor testemunhal das intervenções.
O diretor do SDPF destacou que a Pastoral Familiar “deve ser cada vez mais de relação pessoal e de acolhimento”. “Percebe-se que as coisas acontecem quando há uma relação de proximidade e um trabalho de continuidade em todos os aspetos: a preparação do matrimónio, o acompanhamento dos primeiros anos da vida de casados, o acompanhamento das crises da família e de todas as dificuldades que as famílias encontram” – disse Ângelo Soares.
Na Eucaristia de encerramento deste Encontro, D. Manuel Linda assinalou a importância do dinamismo do projeto na vida familiar. Na sua homilia, recordou o grande número de divórcios que revela as dificuldades da vida familiar. Assinalou algumas ideias baseadas no conceito de projeto declarando, desde logo, que “o matrimónio não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida”.
O bispo do Porto destacou 9 pontos para a vida matrimonial: 1. ser um projeto de família a dois, com uma direção e critérios como um caminho de vida; 2. ser um projeto de verdade vivido em sinceridade e partindo de um coração crente com as forças dos dois cônjuges; 3. viver como projeto aberto aos acontecimentos; 4. ser projeto como bússola que dá orientação para as escolhas; 5. ser projeto ferramenta de vida, flexível e abrangente; 6. viver em projeto de liberdade, evitando o caos e a casualidade; 7. ser projeto de segurança, pois “o que é seguro para ti também é para mim”; 8. ser projeto de realidade duradoura e de amadurecimento; 9. ser projeto como totalidade amorosa, pois o amor e a felicidade são construção permanente.
O bispo do Porto afirmou na conclusão da sua homilia que “com um projeto de casal, o amor para toda a vida pode acontecer”.
RS