O primeiro-ministro português e o secretário de Estado do Vaticano visitaram no dia 13 de maio a sede da JMJ Lisboa 2023, destacando a mensagem de paz e diálogo do encontro mundial que vai decorrer de 1 a 6 de agosto.
António Costa disse aos jornalistas que a Jornada, que Portugal recebe pela primeira vez, é “uma mensagem que o Papa Francisco quer dirigir ao conjunto da humanidade, a partir dos jovens, crentes e não-crentes”, colocando as novas gerações no centro do “desenvolvimento coletivo”.
“Num mundo onde somos marcados pela guerra, pelos conflitos, as divisões e separações, a melhor forma de responder é fazer o contrário: juntar, quando se quer separar; falar de paz, quando há uma guerra; e é, sobretudo, aprendermos todos que partilhar este mundo é aprender a conhecer-se melhor, a diferença de cada um”, acrescentou.
O responsável português evocou a “relação secular” do país com a Santa Sé e o “respeito” do Estado com os crentes.
“Desde a primeira hora, o Estado português entendeu que deveria responder ‘presente’ ao convite que foi feito para apoiar a organização desta Jornada Mundial da Juventude”, referiu o chefe do Governo, que se inscreveu no encontro de Lisboa.
O cardeal Parolin, que presidiu às celebrações do 13 de maio em Fátima, destacou a multidão que encontrou e as “muitas referências” feitas, durante a peregrinação internacional, à JMJ em Lisboa.
O colaborador do Papa também destacou a importância da JMJ para a promoção de “uma cultura de paz e convivência pacífica”, que deveria caraterizar o mundo, desejando que os jovens sejam os protagonistas da mudança.
“É possível mudar”, insistiu.
O secretário de Estado do Vaticano destacou a colaboração entre a Igreja e as entidades públicas, na preparação do encontro mundial.
“O sucesso da JMJ começa aqui. Cada JMJ corre bem na medida em que é bem preparada e não falo apenas dos aspetos técnicos”, mas também na dimensão “espiritual e pastoral”, referiu.
O responsável deixou votos de que todos trabalhem para assegurar um “bom acolhimento” aos participantes, considerando que os “naturais inconvenientes” são superáveis com a “boa vontade e generosidade” dos organizadores.
António Costa foi acompanhado por Ana Catarina Mendes, ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares; José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna; e Manuel Pizarro, ministro da saúde.
O primeiro-ministro considerou a JMJ como uma “extraordinária oportunidade” para os concelhos de Lisboa e Loures, 25 anos depois da ‘Expo 98’.
“Finalmente, a frente ribeirinha do Tejo e do Trancão vai ficar concluída”, apontou.
António Costa elogiou o trabalho da Igreja Católica, para que a JMJ seja um “grande sucesso”.
Já o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, adiantou que o número de peregrinos que iniciaram o seu processo de inscrição ultrapassa já os 600 mil, assumindo o desejo de contar com jovens de todos os países do mundo, na capital portuguesa.
A 80 dias do início do encontro, o bispo auxiliar pediu confiança na organização nacional, sublinhando que tudo está a ser feito “dentro dos calendários”.
A organização portuguesa espera cerca de 1 milhão de jovens na JMJ Lisboa 2023, a quem se quer proporcionar “uma experiência única”.
(inf: Agência Ecclesia)