Na homilia da Missa em sufrágio por bispos, presbíteros e diáconos falecidos, D. Manuel Linda recordou o anterior bispo do Porto D. António Francisco dos Santos afirmando que também foi motivo do seu falecimento ter experimentado “a angústia de não ver cimentada a unidade” na diocese.
Fazendo memória do anterior bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, no aniversário do seu falecimento, 11 de setembro, D. Manuel Linda presidiu a uma Missa na Catedral do Porto em sufrágio pelos ministros ordenados. Este ano a Missa foi celebrada na segunda-feira, 12 de setembro.
Na sua homilia, D. Manuel Linda começou por lembrar o gesto da prostração na ordenação de presbíteros, diáconos e bispos. “Sinal eloquente de quem se esvaziou para se dar aos outros” – disse o bispo do Porto salientando a importância do valor da unidade na ação dos ministros ordenados.
A propósito da unidade na Igreja, D. Manuel Linda, assinalou que o seu antecessor, D. António Francisco, “experimentou bem o que é o sofrimento causado pela divisão no interior da comunidade crente”.
O bispo do Porto assinalou “as contínuas infidelidades de tantos que não contribuem para a unidade, mas, consciente ou inconscientemente, a ferem por atos e atitudes desagregadoras”. Apontou como tendo sido esse “o motivo” do “sofrimento maior” de D. António Francisco.
“O grande aperto do coração que o levou ao desenlace final foi, certamente, a angústia de não ver cimentada a unidade que ele tanto prezava” – declarou D. Manuel Linda.
O bispo do Porto apelou à unidade de bispos, padres e diáconos honrando a memória de D. António Francisco: “Senhores bispos, padres e diáconos, honremos-lhe a memória fazendo desta uma Diocese sem fissuras, solidamente unida e buscadora das mesmas metas” – disse.
Na conclusão da sua homilia, D. Manuel Linda, exortou os ministros ordenados a continuarem “a exercer, sem sombra de desânimo, um serviço ministerial que, tantas vezes, ronda o martírio” – afirmou.
O bispo do Porto pediu também um compromisso para uma “unidade total”, rematando a sua homilia afirmando que “o único cancro que pode enfraquecer a Igreja é o perigo dos divisionismos”.
RS