POLITICA DE COOKIES
Utilizamos cookies para assegurar que lhe fornecemos a melhor experiência na nossa página web. Ao continuar a navegar consideramos que aceita o seu uso.
COMPREENDO E ACEITO

 

O tripé

Por feliz coincidência, a Semana dos Seminários deste ano inicia-se no dia em que, em Braga, onde foi Arcebispo, se lê o Decreto de Canonização de São Bartolomeu dos Mártires. Vale a pena confrontar a sua vida com o que tem de ser o sacerdócio. Neste e em todos os tempos. E, para o sacerdócio, não existe outra «linha de produção» que não sejam os Seminários…

Sabemos bem do papel relevantíssimo de dois «padres conciliares», aliás, bons amigos, para o bom andamento de Trento: São Carlos Borromeu e São Bartolomeu dos Mártires. Há mesmo quem afirme que foram eles quem «fez» esse Concílio. Porquê? Precisamente porque detentores de uma cultura teológica superior. Por isso, quando regressou, o português empenhou-se imensamente em criar o seu Seminário “Conciliar”. É que ele sabia que a graça age mediante a natureza. E se esta não é esclarecida, não se faz luz no mundo. Ele próprio deu o exemplo: escreveu, pelo menos, trinta e um livros. É obra!

Depois, chama a atenção o seu zelo pastoral. Segundo o seu biógrafo, Frei Luis de Sousa, com a sua burrita e um altar portátil encima dela, percorreu praticamente toda a sua imensa Arquidiocese que incluía, para além de Braga, a de Viana do Castelo e a maior parte das atuais de Vila Real e Bragança. Visitava, ensinava a catequese, crismava, despachava, reorganizava religiosa e civilmente, estabelecia metas… Isto quando praticamente nenhum outro bispo o fazia. Eis, pois, um bom “Pastor com cheiro das ovelhas”.

E não era menos dado aos pobres. Os exemplos são imensos: com ele ia sempre a saca das esmolas, mandou dar da sua mesa, parou obras para ter com que socorrer desesperados, instituiu locais de assistência, ordenou auxiliar todos os necessitados… E parece que chegou a dar a roupa da cama a doentes e as cortinas da janela para que uma pobre fizesse um vestido. E muito mais! Outra coincidência: hoje é também o Dia Mundial do Pobre!

Cultura, zelo pastoral e serviço ao pobre continua a ser, hoje e sempre, o tripé em que assenta a credibilidade da Igreja. Os Seminários não o esquecem.

***