“Quanto mais difíceis se tornam as situações, mais descobrimos a sua função de seio ao qual se quer regressar, de lugar de esperança, conforto e confiança”, disse D. Manuel Linda às famílias, numa celebração que juntou mais de quatro mil pessoas em Gondomar.
Mais de quatro mil pessoas encheram de alegria o Pavilhão Multiusos de Gondomar no domingo 15 de junho no Jubileu das Famílias. O bispo do Porto presidiu a uma Eucaristia na qual afirmou que “a família é lugar de esperança”.
“A família é lugar de esperança: quanto mais difíceis se tornam as situações, mais descobrimos a sua função de seio ao qual se quer regressar, de lugar de esperança, conforto e confiança”, afirmou.
O tradicional Dia Diocesano da Família, que neste Ano Santo foi vivido em modo jubilar, teve mais de mil casais inscritos que em 2025 completam 10, 25, 50 e 60 anos de casados.
Deus está na felicidade dos casais
Na sua homilia, D. Manuel Linda, declarou que “é possível viver numa família feliz” e que isso tem que ser dito ao “mundo que está a desprezar o verdadeiro amor”.
“É possível viver numa família feliz. E isso tem de ser dito ao nosso mundo que está a desprezar o verdadeiro amor, o que se ressente na agressividade, na maledicência, na insatisfação de vida, no sofrimento”, disse D. Manuel Linda.
O bispo do Porto pediu aos casais para dizerem aos seus filhos e netos que, não obstante momentos de desânimo, são felizes na vida matrimonial e “Deus conta muito para essa felicidade”.
“Dizei a todos, particularmente aos vossos filhos e netos que, como todos, tendes amuos, discussões, desânimos. Mas que os ultrapassais e, por isso, sois felizes. Dizei-lhes também que Deus conta muito para essa felicidade que viveis”, sublinhou.
Uma felicidade matrimonial que ganha especial dinâmica na vida familiar entre gerações na qual “os avós e idosos desempenham um papel fundamental”, salientou D. Manuel Linda.
“É graças a eles que Deus transmite o seu futuro, o seu sonho, às gerações seguintes. É graças a eles e aos pais que a salvação é comunicada com alegre mansidão à humanidade. A família, tal como a sociedade, precisa de Deus. Os avós e os idosos transmitem às novas gerações uma riqueza de fé necessária para construir história, justiça e paz”, afirmou.
Família em festa para dar frutos nas comunidades
Precisamente neste ano de 2025, o Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar (SDPF), que organiza este evento, fez um apelo a uma participação mais alargada às famílias dos casais jubilados.
A isto se referiu o diretor do SDPF, Joaquim Valente, que juntamente com a sua esposa Diná Valente, coordenam uma extensa equipa de casais que com grande brio e espirito de missão dão dinâmica à pastoral familiar na diocese do Porto durante todo o ano.
E viver o valor da família é procurar descobrir sinais de esperança, referiu o diretor do SDPF: “Na medida em que nós nos damos a essa família, encontramos em cada um, sinais de esperança”.
Para Joaquim Valente é essencial apostar na “família alargada” para proporcionar comunhão. “Os olhos brilham quando as pessoas falam sobre a sua família e, por isso, estamos a apostar na família alargada, para que estejam todos em comunhão, nesta grande festa”, revelou.
“A ideia é proporcionar momentos de convívio para que haja este contágio de alegria que depois seja fruto nas comunidades locais”, acrescentou.
Para o responsável, é possível através dos casais em festa acolher a família alargada para que sintam a força da relação em comunidade.
“É essa força que pode produzir frutos nas comunidades locais”, afirmou Joaquim Valente.
No próximo ano de 2026 o Dia Diocesano da Família será em Penafiel.