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Jubileu. Espinho-Ovar em peregrinação ao Porto: fé, esperança e comunhão


No passado dia 26 de abril, a Vigararia de Espinho-Ovar viveu e celebrou a sua Peregrinação Vicarial Jubilar até à Sé do Porto. A iniciativa teve também como objetivo agradecer as visitas pastorais de D. Manuel Linda e D. Roberto Mariz que, ao longo dos meses de janeiro a abril estiveram presentes nas diversas paróquias da vigararia, encontrando “comunidades vivas, comprometidas e desejosas de caminhar juntas”, como referiu Dom Manuel Linda na homilia da eucaristia que celebrou com todos nós no sábado, dia 26, pelas 18h.

 

Cerca de 200 peregrinos responderam ao desafio e colocaram-se a caminho desde Espinho, ainda de madrugada, partindo às 7h00 rumo ao coração da diocese. A caminhada decorreu num ambiente de espiritualidade e alegria, marcado por momentos de reflexão sobre as obras de misericórdia, propostas de oração e pequenos desafios lançados aos peregrinos. A simplicidade e o espírito comunitário foram traços característicos desta jornada vivida com despojamento, alegria e esperança. O fazer-se peregrino é sempre uma experiência espiritual de encontro com Deus e as suas criaturas, para aprofundar a relação, na simplicidade, no despojamento e na humildade.

 

“Quisemos viver esta peregrinação em pleno! Estamos num ano jubilar, então decidimos fazer esta peregrinação por nós, pela nossa comunidade, por todos”, partilharam Carla Santos e João Oliveira, da paróquia de Espinho, espelhando o sentimento comum a tantos peregrinos que se fizeram ao caminho.

 

Chegados ao Porto, e após descanso e convívio durante o almoço no Jardim da Cordoaria, os participantes foram convidados a continuar a peregrinação interior, através de uma proposta espiritual que os levou a três igrejas emblemáticas da cidade: a Igreja de São Lourenço (Grilos), a Igreja dos Clérigos e a Igreja da Misericórdia. Em cada uma delas, as paróquias da vigararia dinamizaram momentos de reflexão e oração em torno das virtudes teologais – Fé, Esperança e Caridade – através de testemunhos, dinâmicas e expressões artísticas preparadas pelas catorze paróquias que compõem a vigararia.

 

A Peregrinação culminou com a celebração da Eucaristia na Sé do Porto, presidida por D. Manuel Linda e Dom Roberto Mariz, bispo auxiliar da Região Sul. A celebração contou mais uma vez com a alegria dos grupos corais da vigararia, assim como dos leitores. Na sua homilia, Dom Manuel Linda agradeceu o acolhimento caloroso que encontrou nas visitas pastorais e sublinhou quatro grandes marcas que encontrou na Vigararia de Espinho-Ovar, inspirando-se no pontificado do Papa Francisco: misericórdia, missão, esperança e alegria.

 

Destacou a misericórdia expressa no cuidado com os mais frágeis, congratulando-se com o número de jovens ao serviço, com os centros sociais, associações e tantas outras instituições da região. Referiu-se também ao espírito missionário das paróquias, que considerou “simpáticas, atentas e com profundo sentido de missão”. Enalteceu a esperança com que a vigararia vive este ano jubilar, salientando o apoio necessário aos párocos, “incansáveis, mas que precisam do sustento e oração das suas comunidades”. Finalmente, falou da alegria vivida através da juventude, na preocupação das paróquias em envolver os jovens e dar-lhes cada vez mais responsabilidade e protagonismo nos grupos em que estão envolvidos. Dom Manuel Linda encorajou todos os jovens ali presentes a continuarem a ser protagonistas da renovação da Igreja.

 

D. Manuel Linda concluiu com uma imagem simbólica, evocando o caráter industrial da vigararia, em particular a indústria do fio. “Cada um de nós é um fio nesta grande teia que é a Igreja. Com os dons de todos, conseguimos tecer uma diocese unida, forte e viva.” O apelo final foi à comunhão e à participação ativa de todos: jovens, famílias, movimentos, paróquias e comunidades religiosas.

 

Antes de se despedir, o bispo do Porto agradeceu, em seu nome e no de D. Roberto Mariz, toda a simpatia, alegria e generosidade com que foram acolhidos ao longo das visitas pastorais. Manifestou ainda o desejo de reencontrar as comunidades da vigararia ao longo deste ano jubilar, certo de que “Deus continua a fazer maravilhas” nas pequenas e grandes fidelidades de cada dia.

 

A Peregrinação Vicarial Jubilar da Vigararia de Espinho-Ovar foi uma autêntica experiência de Igreja em saída, peregrina, unida e cheia de esperança.