“O nosso ‘sim’ tem de provir de um coração bem-disposto, alegre na gratuidade, sincero, acolhedor de todos”, disse D. Manuel Linda nas Ordenações na Solenidade da Imaculada Conceição.
Na Solenidade da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, pelas 16 horas, houve ordenações na Catedral do Porto. Nessa celebração foram ordenados diáconos e também um presbítero.
Os diáconos foram os seguintes: do Seminário Maior do Porto o José Manuel Silvares Máximo, de Abragão, Penafiel e Rui Filipe Ribeiro Soares, de Ermesinde, Valongo; do Seminário Redemptoris Mater, Isaias Higuera, de Fresno, EUA e João Nuno Marques Silva, do Funchal; do Diaconado permanente foi ordenado António Armindo Gomes de Sousa, de Nevogilde, Porto.
Entretanto, da Congregação da Missão foi ordenado diácono, António José Nunes Clemente e decorreu neste dia também a ordenação presbiteral do monge da Ordem de São Bento, Pedro Ferreira de Almeida e Gonçalves Rodrigues.
“Neste dia belo de uma das maiores Solenidades de Maria Santíssima, Padroeira de Portugal, associamos júbilo ao júbilo: a celebração da Imaculada Conceição, a Ordenação de Presbítero de um monge beneditino e a Ordenação de Diáconos de seis irmãos nossos”, disse D. Manuel Linda logo no início da sua homilia.
O bispo do Porto exortou os ordinandos a serem capazes de “aliviar” e “consolar” os “frágeis da sociedade”.
“Na missão de serviço no altar, mas, muito mais, aos frágeis da sociedade, ireis encontrar muitas cruzes e muitos crucificados. Não os eviteis. Permanecei com eles para os aliviar, os consolar e os promover”, assinalou.
“Diácono que não contacte com a pobreza, verdadeiramente não exerce a sua função ordenada”, declarou D. Manuel Linda.
Na sua reflexão, especial destaque para as ideias de alegria e acolhimento que devem ser características dos novos ordenados. D. Manuel Linda falou de um “coração bem-disposto”, “sincero e acolhedor de todos”.
“A obediência e a colaboração de um discípulo não é mesma de um soldado: o nosso ‘sim’ tem de provir de um coração bem-disposto, alegre na gratuidade, sincero, acolhedor de todos, disponível para elevar os prostrados, apto a dar razões da nossa esperança”, sublinhou.
O bispo do Porto, recordou o facto destas ordenações decorrerem no tempo litúrgico do Advento que abre “para a esperança cristã”. Sede “sonhadores de novidade”, afirmou.
“Sois ordenados em tempo de Advento e na Solenidade da Imaculada. O Advento abre-nos para a expectativa e para o futuro, para a esperança cristã. Embora na plena fidelidade às raízes cristãs, sede, pois, pessoas de futuro, sonhadores de novidade, construtores de sinodalidade, perscrutadores do sensus fidei e do sensus ecclesiae”, declarou.
“No mais, como verdadeiro agente pastoral evangelizador, tentai entrar sempre no coração das pessoas do nosso mundo como abridores de corações, para que a Palavra de Deus aí seja recebida e obtenha de todos o assentimento”, disse D. Manuel Linda na conclusão da sua homilia.