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Bispo do Porto: “despertemos para o dom do silêncio e da escuta”


Na Missa em sufrágio pelos bispos, sacerdotes e diáconos falecidos, D. Manuel Linda sublinhou que “que a memória destes irmãos que serviram a nossa Igreja” deve ser “estímulo a caminharmos decididamente na direção da escuta, para que a Palavra de Deus, de escutada, se torne vivida”.

 

D. Manuel Linda presidiu à Missa em sufrágio pelos bispos, sacerdotes e diáconos falecidos. Foi no dia 11 de setembro, a data em que faleceu D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto, de forma súbita, em 2017.

 

Na sua homilia, D. Manuel Linda assinalou que aquela Eucaristia não deveria ser marcada pela nostalgia, mas pela celebração da vida em plenitude. “Congrega-nos a celebração da vida em plenitude, a manhã da Páscoa definitiva destes nossos irmãos, a certeza de que a palavra que proclamaram e celebraram agora se confirma neles próprios. Reunimo-nos para renovar a nossa fé na ressurreição. Celebramos a vida que vem de Deus e reavivamos a nossa fé n’Ele, que é o Deus dos vivos, não dos mortos”, afirmou.

 

Para o Bispo do Porto, na memória dos bispos, sacerdotes e diáconos falecidos há um desafio: “que a memória destes irmãos que serviram a nossa Igreja seja para nós um estímulo a caminharmos decididamente na direção da escuta, para que a Palavra de Deus, de escutada, se torne vivida. Para isso, precisamos de silêncio: que nós próprios e a nossa Igreja despertemos para o dom do silêncio e da escuta, os únicos que permitem que a Palavra nos alcance e floresça em nós”, disse D. Manuel Linda.

 

Citando o Papa Bento XVI, D. Manuel Linda lembrou o valor essencial da esperança na dinâmica da vida daqueles que se dedicam ao serviço do povo de Deus, pois, “só aqueles que conseguem reconhecer uma grande esperança na morte podem também viver uma vida baseada na esperança”.

 

“Se reduzíssemos o homem exclusivamente à sua dimensão horizontal, àquilo que só pode ser percebido pela experiência, a própria vida perderia o seu significado profundo. O homem precisa da eternidade, e qualquer outra esperança para ele é demasiado breve, demasiado limitada. Estes bispos, sacerdotes e diáconos foram pessoas de esperança porque lidaram de perto com a eternidade”, declarou.

 

No final da sua homilia, o Bispo do Porto sublinhou que a vida em “comunhão com Deus” permite “intensificar o nosso relacionamento com as pessoas que conhecemos aqui na Terra, reconhecendo-as na sua verdade autêntica, isto é, na beleza simples, mas requintada, da sua humanidade”.

 

“Na vida após a morte, então, reconheceremos todos os nossos Pastores, abrindo-nos as portas do Céu, como continuação do seu compromisso apostólico, quando lá chegarmos”, concluiu.