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Bispo do Porto exorta Confrarias e Irmandades a promoverem rejuvenescimento e inovação


Decorreu no Centro Pastoral de Alfena, Valongo, no domingo dia 15 de outubro, o I Encontro de Irmandades e Confrarias da Diocese do Porto. Segundo as palavras do bispo do Porto na convocatória dirigida aos participantes, este encontro foi uma oportunidade para “nos conheceremos, nos formarmos e nos incentivarmos mutuamente a prosseguir este caminho belo da participação e responsabilização de algo que está muito no âmago da vida religiosa do nosso povo”, disse D. Manuel Linda.

No encontro, o bispo do Porto exprimiu a sua alegria por ver, finalmente, concretizado esse seu grande sonho de reunir as Confrarias e Irmandades, “elementos muito importantes para o dinamismo religiosos e evangelizador da Diocese do Porto”, afirmou.

Lamentou que, “nesta hora em que a palavra de ordem é «hora dos leigos», ministérios, sinodalidade e missão, estejamos a desperdiçar aquilo que a história da Igreja já havia adquirido, embora em forma mais embrionária: presença cristã no mundo; serviço da fraternidade, caridade, liturgia e evangelização; corresponsabilidade como comunhão e participação; e dimensão evangelizadora, quer dos seus membros, quer do exterior”, declarou.

Nas palavras que dirigiu aos membros das Confrarias e Irmandades presentes, D. Manuel Linda sintetizou este encontro em quatro atitudes: júbilo, agradecimento, rejuvenescimento e inovação.

“Júbilo, pois, a julgar pelo número dos participantes, estas associações públicas de fiéis estão vivas e, em alguns casos, dinâmicas; agradecimento pela coragem em dar-lhes corpo e pela dedicação à Igreja que isso supõe; rejuvenescimento quer dos Estatutos e dinâmicas das Confrarias e Irmandades, quer pelos confrades e irmãos que as constituem; inovação, já que hoje não podem continuar, sem mais, com os mesmos métodos e procedimentos do passado”, afirmou D. Manuel Linda.

Mais tarde, na homilia da Missa de encerramento do encontro, celebrada na Igreja de Alfena, D. Manuel Linda destacou o tema do banquete, presente na Liturgia da Palavra do dia para sintetizar: “Hoje, a Igreja é este banquete enorme de quantos aceitam, de coração amigo e agradecido, a amizade do Dono da Casa, que a todos convida, e dos que sabem fazer fraternidade e convivialidade à volta da mesa. Mas para que as iguarias cheguem a todos, é preciso que um conjunto de colaboradores circule por todos os lados, levando a comida e a bebida saborosas que gera a alegria e a fraternidade entre os comensais. Ora, esses servidores, em grande parte, também são vocês. Parabéns e obrigado”, concluiu o bispo do Porto.

Durante este evento foi proferida uma conferência sobre “A importância das Confrarias e das Irmandades na Pastoral” a cargo do padre Vítor Ramos, pároco de Rio Tinto, em Gondomar, que no âmbito dos seus estudos de direito canónico, na Universidade Pontifícia de Salamanca aprofundou este tema das Confrarias e Irmandades.

Em declarações à VP, assinalou a importância da “missão de promoção do culto público” destas organizações. Em particular, a sua dinamização de “marcantes momentos de piedade popular” em tantas “vilas e cidades de Portugal”.

Contudo, acrescentou, que as Confrarias e Irmandades vivem no presente, “uma fase de crise e de decadência” e de “envelhecimento dos seus membros”. E, em algumas situações sofrem de um certo “abandono por parte da hierarquia da Igreja”, revelou o sacerdote.

O padre Vitor Ramos sublinha o cuidado pastoral que é necessário dedicar às Confrarias e Irmandades, apostando numa fase de “rejuvenescimento e de revitalização destas associações religiosas”.

Este evento foi um primeiro momento de encontro dos membros de tantas Confrarias e Irmandades, que estiveram presentes em grande número. Um encontro para criar laços de fraternidade que teve a especial dinamização do padre João Emanuel, pároco de S. Pedro de Avioso na Maia e responsável na diocese do Porto pelas Associações Religiosas.

RS