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Capela do Hospital de S. João acolheu celebração ecuménica


Doentes foram abençoados na Quaresma por Ministros de diferentes Tradições Cristãs

 

Pelas 21h30 do passado dia 14 de março, realizou-se uma celebração ecuménica na Capela do Hospital de São João com a presença de uma diversidade de igrejas e alguns doentes internados na instituição, para uma oração, bênção e gesto de lava-pés.

 

A Celebração ecuménica contou com a presença de ministros das várias Igrejas e Confissões: a Igreja Católica Romana, a Igreja Católica Apostólica Evangélica de Comunhão Anglicana, a Igreja Evangélica Alemã do Porto, a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, a Igreja Evangélica Presbiteriana Portuguesa, a Igreja Ortodoxa da Ucrânia do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Greco Russa, sob a Presidência de D. Joaquim Dionísio, Bispo Auxiliar do Porto.

 

Ali se congregaram doentes, fiéis leigos, voluntários, colaboradores do Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa, sacerdotes, bispos, religiosos, enfermeiros, médicos, e tantos outros trabalhadores do Hospital num serviço e atenção aos mais frágeis.

 

Estiveram presentes os Capelães dos Hospitais de São João, Santo António, Santo Tirso, Misericórdia, Vila Nova de Gaia-Espinho e todos se associaram às comunidades hospitalares do país e do mundo para rezar em conjunto.

 

O tema da celebração anual de 2024 é a continuidade da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada de 18 a 25 de janeiro último e preparada pela comunidade ecuménica Chemin Neuf do Burkina Faso, sob o tema “Amarás ao Senhor teu Deus…e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lucas 10,27).

 

A água fonte de bênção, alimento espiritual e símbolo de hospitalidade dos caminhantes na jornada da vida, esteve presente nesta celebração ecuménica, também no sinal da cabaça, utensílio habitualmente utilizado no Burkina Faso. Foi daqui, deste local da África Ocidental, onde a situação política é instável e a ameaça à paz e à coesão social, como ataques terroristas, ilegalidades, perseguições aos cristãos e tráfico de pessoas, acontecem diariamente que vieram os subsídios de oração.

 

A celebração centrou-se na parábola do Bom Samaritano, e começou com a interrogação a todos nós sobre quem é o meu próximo?

 

Jesus convida-nos a ir mais além. Todos podemos ser próximos do outro, e nele encontrar o Cristo. Todos somos chamados a hoje a ser “bálsamo para as feridas do nosso irmão”, a implicarmo-nos no seu sofrimento, a cuidar dele. Rezou-se ainda por todos os profissionais de saúde que com sabedoria e inteligência se fazem próximos dos doentes e aliviam as suas chagas e dores no dia-a-dia de hospitais e casas de saúde.

 

A celebração contou com a profissão de fé realizada com o texto do Símbolo dos Apóstolos, sinal da unidade dos cristãos.

 

A oração comunitária incluiu diversas tradições presentes como a metodista, ortodoxa ucraniana, lusitana, católica romana, e ortodoxa russa e diferentes línguas, como o português e o ucraniano. E finalizou com a benção de todos os doentes pelos Ministros presentes. Sentiu-se força redobrada para o caminho dos que estiveram presentes que foi também transmitida a alguns que não puderam comparecer presencialmente.

 

No final teve lugar um convívio entre os presentes que se sentiram acolhidos em oração e  prolongaram o convívio como habitualmente na tradição cristã.