O Centro de Cultura Católica (CCC) promoveu no sábado, 18 de outubro de 2025, a sessão solene de início do ano letivo, sob a presidência de D. Manuel Linda, bispo do Porto. Compareceram vários professores e alunos, entre os quais os que concluíram os seus cursos no último ano letivo e receberam os seus diplomas. Juntaram-se-lhes familiares, amigos e outras pessoas a quem o tema da sessão interessou.
Após a interpretação de «Veni Creator Spiritus» pelos alunos do Curso de Música Litúrgica, dirigidos pelo professor Emanuel Pacheco, o P. Adélio Abreu, diretor do CCC, saudou os presentes, enquadrou a sessão e o ano letivo no âmbito do lema «Formar discípulos missionários», inspirado no documento final do último Sínodo, cujo processo de receção ainda agora se inicia. O CCC sente como desafio a formação de formadores referida no dito documento, para que as comunidades cristãs possam oferecer percursos que iniciam à fé e a nutrem ao longo da vida. Apresentou ainda a situação atual do CCC, que no ano que começa conta com 93 alunos, distribuídos pelos diferentes cursos: Básico de Teologia – 43 alunos; Acólitos – 9; Leitores – 6; Música Litúrgica (Preparatório, Geral e Salmistas) – 33. Identificou uma estabilidade nos números relativamente ao ano anterior, com algum crescimento no que respeita ao Curso de Música Litúrgica. Referiu também o interesse tem sido manifestado pela procura do ciclo de conferências em sala virtual, testemunha já na primeira do presente ano letivo.
No contexto do Jubileu 2025, foi projetado de seguida o documentário «Ano Santo: Peregrinos na história», que apresentou sumariamente a história dos Jubileus e procurou ajudar a descobrir o sentido do que nos encontramos a celebrar. As sugestivas imagens referentes a várias épocas e ao presente cruzaram-se com pertinentes intervenções, designadamente de D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a evangelização, mas também de reconhecidos historiadores, como o medievalista Agostino Paravicini Bagliani, da Universidade de Lausanne, ou o contemporanista Andrea Riccardi, fundador da Comunidade Santo Egídio. Historicamente os Jubileus constituem-se em lugares privilegiados de observação do percurso da Igreja e do papado no tempo, uma história que cruza fé popular, teologia, política, arte ou urbanismo, como o documentário pôde testemunhar. No que respeita ao presente, equacionou o significado que pode comportar para o homem de hoje o Ano Santo, dando nota dos ajustamentos a que foi sujeito sobretudo no pós-Concílio, designadamente a partir do Jubileu ordinário de 1975. A concluir referiu-se ao Jubileu de 2025 vivido sob o signo da esperança que não desilude, «uma âncora que dá estabilidade e segurança […] fundada sobre o amor», nas palavras do referido pró-prefeito.
Concluída a projeção, D. Manuel Linda entregou os diplomas aos alunos que terminaram os seus cursos. Em 2024/2025, concluíram a sua formação quatro alunos do Curso Básico de Teologia, três do Curso de Leitores e um do Curso de Salmistas. São oriundos de diversas comunidades: Areosa, Nevogilde e Ramalde (Porto); Gulpilhares (Vila Nova de Gaia); Meinedo (Lousada); Raimonda (Paços de Ferreira); Irmãs Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora.
D. Manuel Linda fez então uso da palavra para saudar os presentes, particularmente os professores e alunos, e afirmar que o CCC é uma das estruturas fundamentais da diocese do Porto, enquanto ajuda a descobrir as razões para a fé, de modo que esta não se esvaia. Acrescentou que os fiéis e as comunidades ainda não retiram todo o bem que do CCC poderiam retirar ao nível da formação para os ministérios (instituídos ou não), da formação contínua e da cultura da fé. Reconheceu que o CCC tem procurado agilizar as formas de participação, mediante o recurso às tecnologias digitais, designadamente no Curso Básico de Teologia e nas conferências promovidas. Depois de comentar brevemente o lema para este ano, deixou um pedido de empenho aos presentes relativamente ao sínodo diocesano, caso este, no seguimento do processo de discernimento em curso, se venha a realizar, como vai indicando o que lhe vem sendo referido. A concluir, pediu aos presentes que difundam a ideia do CCC como estrutura muito válida para a difusão da cultura da fé, a valorização dos carismas e a sua conversão em ministérios.
A sessão foi encerrada com algumas intervenções dos alunos do Curso de Música Litúrgica. Gabriel Passeira e Rui Vieira interpretaram ao órgão respetivamente o prelúdio coral «Ich ruf zu Dir, Herr Jesu Christ» (BWV 639) e Fantasia e Fuga em dó menor (BWV 547) de Bach. O coro interpretou «Inclinai, Senhor, o vosso ouvido» de F. Lapa. Assim se iniciaram solenemente as atividades do CCC no ano 2025/2026.