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COMPREENDO E ACEITO

Mensagem de Natal do Bispo do Porto em vídeo


 

Em todos nós há específicos sentimentos que identificam o Natal. A mim, pessoalmente, encanta-me o presépio e ver aí a nossa condição humana e a ternura de quem se sente amado. Gostamos tanto do presépio onde os galos cantam, as lavadeiras lavam, os agricultores labutam, as águas límpidas correm, as azenhas rodam, os fornos de cozer o pão estão acesos, os animais são simpáticos, os pastores e magos sentem-se atraídos pelo mistério, a Virgem Maria e São José vivem um enlevo cativante e o Menino possui um tal sorriso do qual não nos conseguimos afastar. O Menino cativa-nos pelo seu encanto típico dos simples e dos frágeis, pela sua ternura despojada.

 

E nós precisamos muito de ternura. Somos tão carentes! Andamos sempre agitados, à procura de algo que nem sabemos bem de quê. Mas, lá no fundo dos nossos desassossegos, o que procuramos é ternura. Nós e a sociedade em geral. Carecemos de mãos que afaguem, sorrisos que nunca mais se esqueçam, carícias que nos marquem, palavra doces, beijos de casais, olhos que fixem os olhos dos outros, flores em vez de palavreado, música que empolgue corações, convites para passeios, refeições conjuntas, esquecimento das redes sociais para que os ouvidos possam escutar as vozes das pessoas. Precisamos de menos tempo de ecrã e de mais convívio com os outros e com a natureza. Sim, precisamos desesperadamente disso. Precisamos de ternura.

 

Que este Natal de 2025, Natal que deu razão de ser à celebração do ano jubilar, seja vivido na ternura e como compromisso de ternura.

 

Para todos, um Natal de ternura. Boas festas naquele Menino que é o próprio sorriso de Deus no mundo. Desejo-as aos diocesanos do Porto, ao seu Clero, Religiosos e Leigos, e a todas as mulheres e homens de boa vontade, mesmo que de outras crenças ou de nenhuma. Desejo-as particularmente a quem mais necessita de ternura, tal como as crianças, os pobres, os velhinhos, os migrantes, os abandonados e os sós.

 

Feliz Natal de ternura!