POLITICA DE COOKIES
Utilizamos cookies para assegurar que lhe fornecemos a melhor experiência na nossa página web. Ao continuar a navegar consideramos que aceita o seu uso.
COMPREENDO E ACEITO

Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira: visitas pastorais


A sessão de apresentação das visitas pastorais do Bispo do Porto à Vigararia de Oliveira de Azeméis / S. João da Madeira decorreu na noite de 23 de Outubro, na Paróquia de S. João da Madeira.

 

“Animar a fé, renovar a esperança”

 

O arranque das visitas, que decorrerão entre Novembro de 2025 e Março de 2026, contou com a presença de D. Manuel Linda, Bispo do Porto, D. Roberto Mariz, Bispo Auxiliar que acompanha a zona sul da Diocese, dos párocos e sacerdotes da Vigararia, bem como de diáconos, leigos dos Conselhos Pastorais e Económicos Paroquiais e de representantes de grupos, movimentos e serviços pastorais. (cerca de 200 pessoas)

 

A sessão foi marcada por momentos de oração, canto e reflexão, num clima de comunhão e alegria, próprio deste tempo jubilar. Na saudação inicial, o P. José Manuel, Vigário da Vara, sublinhou que “a visita pastoral é o encontro do Pastor com o seu rebanho, do bispo com a comunidade e as pessoas que a integram”. Lembrou ainda que estas visitas devem ser vividas na fé, esperança e caridade, e que toda a preparação “já devem ser momentos de festa vividos em comunhão, participação e missão”.

 

“Uma paróquia que não evangeliza está a morrer”

 

O D. Roberto Mariz enquadrou o calendário das visitas pastorais “em caminho sinodal” e reforçou a importância de cada paróquia viver esta experiência como um tempo de evangelização e de compromisso.

 

Citando o Papa Leão XIV, recordou que “estamos de mãos dadas com Deus, unidos a Cristo e entre nós, caminhamos cheios de esperança”. Deixou quatro palavras-chave que servirão de base a todas as visitas pastorais:

 

  • Gratidão, “porque damos graças a Deus por todos vós”;
  • Comunhão, que fortalece os laços e promove a unidade;
  • Alegria, pois todos os agentes pastorais são “artesãos da esperança”, como lembra a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões 2025;
  • Compromisso, para continuar a missão em “chave missionária”.

 

O porquê das Visitas Pastorais: quatro motivos fundamentais

 

Na sua intervenção, D. Manuel Linda explicou o sentido profundo das visitas pastorais, apresentando quatro grandes motivos que as justificam e dão vida à presença do bispo nas comunidades.

 

  1. Envio. “O bispo é, por natureza, um enviado”, afirmou D. Manuel Linda, recordando que o ministério episcopal está enraizado na missão dos Apóstolos. O Bispo do Porto lembrou que a prática das visitas pastorais remonta ao Concílio de Trento, que incentivou os pastores a conhecerem de perto o seu rebanho. Em Portugal, destacou o exemplo luminoso de Frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga, e de D. João de Oliveira Matos, da Guarda e atualmente em processo de beatificação. Ambos percorreram incansavelmente as suas dioceses, entrando nas aldeias, conversando com as pessoas e levando a presença viva de Cristo… pastores com o cheiro das ovelhas e o pó do caminho nos pés.
  1. Animar na fé. D. Manuel Linda sublinhou que a visita pastoral não é uma inspeção, mas um encontro fraterno e animador: “É o bispo que vem fortalecer a fé das comunidades e, ao mesmo tempo, deixar-se fortalecer e animar por elas.” Mais do que avaliar, trata-se de renovar o entusiasmo e a confiança, num espírito de corresponsabilidade e comunhão. É um tempo de alegria e de reencontro, em que o bispo e o povo de Deus se animam mutuamente.
  2. Proximidade. Destacou ainda que as visitas pastorais são um sinal concreto da proximidade da Igreja com o mundo real e com as pessoas concretas. O Evangelho não vive fechado na sacristia, tem de dialogar e estar próximo da cultura, da política, da educação, do desporto, do mundo do trabalho e todas as dimensões da vida humana. A presença do bispo nas comunidades é, por isso, uma expressão de cuidado e escuta, que procura compreender as alegrias e dificuldades do território. Estar perto é um modo de evangelizar. É também um modo de agradecer e de valorizar o que de bom se faz em cada lugar.
  3. Discernimento. Referiu que a visita pastoral é também um tempo de discernimento e de avaliação da caminhada das comunidades. Precisamos de parar um pouco para pensar a nossa pastoral, ver o que estamos a fazer e o que o Espírito nos pede neste tempo. Sublinhou a importância de todas as paróquias manterem em funcionamento os Conselhos Pastorais como espaços de corresponsabilidade e de leitura comunitária da realidade.

 

“A Igreja não está em fim de linha. Está viva!”

 

D. Manuel Linda destacou ainda que esta Vigararia possui uma marca missionária muito forte, fruto da presença do clero diocesano (4 paróquias), dos Missionários Saletinos (9 paróquias) e da Sociedade Missionária da Boa Nova, (5 paróquais) que enriquecem a pastoral.

 

“A Igreja não está em fim de linha. Está viva!” — afirmou com convicção, acrescentando que, terminado o Jubileu, será tempo de “pensar seriamente o Sínodo Diocesano: que Igreja somos e queremos ser? Qual o nosso contributo para a servir melhor?”.

 

A sessão terminou com um momento musical e de ação de graças, num ambiente de entusiasmo, comunhão e esperança que marca assim o arranque das visitas pastorais à vigararia.